No dia 18 de Junho passado, a dra. Janete Vettorazzi, médica do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Moinhos de Vento (HMV), foi palestrante do evento Ground Round Alta Complexidade em Obstetrícia, promovido pelo HMV, em Porto Alegre.

Na ocasião, a especialista em gestação de alto risco explanou ao lado do colega dr. Felipe Bassols sobre vários aspectos relacionados à gravidez de risco, suas causas e como evitar ou minimizar as complicações decorrentes da gestação de alto risco, além de comentar sobre como a medicina fetal pode auxiliar no diagnóstico precoce, melhorando a qualidade de vida das mães e de seus filhos. “Muitos fatores classificam uma gestação como de “alto risco”. As causas vão desde a idade materna até as doenças que surgem durante a gravidez. Para evitar qualquer problema é fundamental o reconhecimento precoce dos riscos antes e durante toda gestação”, esclarece a dra. Janete.

Confira alguns tópicos abordados na palestra:

• quase 30 milhões de bebês em todo o mundo nascem prematuros, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF);
• no Rio Grande do sul, 13% de todos bebês nascem prematuros (menos de 37 semanas);
• idade da mãe acima de 35 anos, gemelaridade ou procedimentos de fertilização são fatores independentes que  classificam a gravidez como sendo de alto risco, assim como  diabetes, hipertensão ou doenças do colágeno;
• pré-natal como ferramenta fundamental para identificar possíveis doenças e riscos que podem surgir ao longo da gravidez; 
• rastreamento  de risco aumentado para  nascimento prematuro através da detecção de colo curto  que deve ser identificado através de exames como a ecografia transvaginal realizada em torno de 20 a 24 semanas de gestação;
• importância das medidas  preventivas para diminuir ocorrência de pré-eclâmpsia (pressão alta)l;
• importância da alimentação saudável durante a gestação;
• importância equipe especializada em medicina fetal para acompanhamento de casos de risco, com planejamento da interrupção da gestação baseada em Protocolos institucionais; 
• alerta sobre importância da  identificação e tratamento adequado das alterações placentárias (acretismo placentário (aderência da placenta ao útero) , vasa prévia, inserção anômalas do cordão umbilical,...)
• para os casos de alto risco, orientação que o parto seja realizado em um hospital de referência, pois as estruturas de UTI neonatal e UTI materna podem ser essenciais para esses procedimentos, bem como equipes treinadas no atendimento de gestantes de alto risco. 

Fonte: médicos do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Moinhos de Vento, Dr. Felipe Bassols (CRM 29268) e Dra. Janete Vettorazzi (CRM 21643)