Perguntas mais frequentes

Tire suas dúvidas clicando nas perguntas abaixo:
  • O que é gravidez de risco?
  • O que é prematuridade?
  • Quem tem mais risco de ter bebê prematuro?
  • Como saber se a gestante apresenta risco aumentado de ter bebê prematuro?
  • O que é colo uterino curto na gestação?
  • O que é cerclagem?
  • O que é pessário cervical?
  • Gestante tem mais risco de trombose?
  • O que é trombofilia?
  • O que é restrição do crescimento intrauterino (RCIU) ou restrição do crescimento fetal (RCF)?
  • Quais as causas da restrição do crescimento intrauterino?
  • Quais os cuidados na gestação gemelar?
  • Quais os riscos na gestação gemelar?
  • O que é o Estreptococos do grupo B?
  • O que é diabetes gestacional e quais os riscos?
  • O que é pré-eclâmpsia e quais os riscos?
  • O que é placenta acreta?
  • Gestante pode ter relação sexual?
  • Como saber a medida do Diafragma Vaginal?

Na grande maioria das vezes, a gestação transcorre de forma fisiológica. Entretanto, em alguns casos, a presença de algumas características levam a uma maior probabilidade de desfechos desfavoráveis, sendo definidas como “gestação de alto risco ou gravidez de risco”. A identificação de risco deve ser contínua desde a preconcepção, seguindo ao longo do pré-natal a cada consulta. Os riscos podem ser identificados através da história pessoal e familiar de cada mulher e através de alguns exames específicos para cada caso. O risco gestacional deve ser revisto a cada consulta pré-natal.

Existem vários critérios para identificação de gravidez de risco, entre eles: diabetes, hipertensão, gemelaridade, idade materna acima de trinta e cinco anos, histórico de nascimento anterior de bebê prematuro (< 37 semanas), cirurgia no colo do útero ou no útero antes da gestação, histórico de trombose ou de trombofilias, doenças crônicas (lúpus, cardiopatias, pneumopatias, nefropatias, alterações de tireoide, epilepsia), entre outros.

A prematuridade é o nascimento do bebê antes de completar 37 semanas de gestação. Quanto mais precoce o nascimento, maior será o risco para o bebê. Por isso a importância das medidas preventivas para evitar ou retardar o nascimento prematuro.

As causas do nascimento prematuro são múltiplas. Os principais fatores relacionados ao nascimento prematuro são: nascimento anterior de bebê prematuro, gestação gemelar, alterações no colo uterino da mulher (cirurgias prévias, colo curto, malformações uterinas), infecções, estresse, tabagismo, entre outros.

O médico identifica em cada consulta os fatores de risco para prematuridade. A medida do colo uterino é importante, pois conforme o seu comprimento pode haver maior risco de nascimento prematuro.

O comprimento do colo uterino pode ser medido em qualquer momento da gestação, mas um dos momentos mais importantes é entre 18 e 24 semanas. Idealmente a medida deve ser feita através de ecografia transvaginal. A presença de colo uterino curto aumenta a chance de ocorrer o nascimento prematuro do bebê.

A cerclagem é uma sutura cirúrgica do colo uterino, realizada sob anestesia. Tem como como objetivo manter o colo uterino fechado até o final da gravidez e está indicada em algumas situações específicas de risco de prematuridade.

O pessário cervical é um dispositivo de silicone em forma de anel que pode ser inserido pela vagina e irá envolver o colo uterino. Ele pode ser utilizado em gestantes com colo curto, com o objetivo de reduzir os riscos do nascimento prematuro.

Sim. Fisiologicamente, há predisposição a eventos tromboembólicos na gestação. Algumas mulheres apresentam doenças específicas e necessitam utilizar medicações para prevenir complicações tromboembólicas neste período. O repouso aumenta muito o risco destas complicações e, quando necessário, deve ser avaliada a necessidade de outras medidas preventivas.

As trombofilias são alterações hereditárias ou adquiridas da coagulação que levam ao aumento do risco de trombose. A investigação destas alterações pode ser necessária em algumas mulheres, conforme o seu histórico de eventos tromboembólicos ou outras alterações. Em alguns casos pode ser necessário uso de medicações durante a gestação e puerpério.

A restrição do crescimento intrauterino ocorre quando o feto não atinge o tamanho esperado pelo seu potencial genético. A RCIU ou RCF é definida como um peso fetal estimado abaixo do percentil 10 de crescimento. Os pesos esperados para cada idade gestacional são definidos por tabelas já amplamente estudadas, sendo que a mais utilizada é a Hadlock. Nem todos os bebês com peso abaixo do percentil 10 apresentam problemas, sendo fundamental a avaliação do obstetra para a definição da investigação e acompanhamento necessários em cada caso. A RCF pode ser suspeitada no exame físico através da medida da altura uterina abaixo do esperado para cada idade gestacional e será confirmada através da ecografia.

As causas podem estar relacionadas a fatores maternos, fetais e placentários. Entre os fatores maternos estão: tabagismo, esforço físico exagerado, baixo ganho de peso materno durante a gestação, doenças crônicas (hipertensão, lúpus, trombofilias, anemia…). Também, alterações placentárias e uterinas podem levar à insuficiência vascular alterando o fluxo sanguineo com consequente alteração no crescimento fetal.

Toda mulher com gestação gemelar é considerada como gravidez de risco. É fundamental o início precoce de pré-natal com médico acostumado no tratamento da gemelaridade, bem como a realização de ecografia, preferencialmente antes das 12 semanas para definição do número de placentas e de bolsa de líquido amniótico. Os riscos gestacionais são diferentes nas gestações gemelares com placenta única em relação àquelas com duas placentas. As gestações trigemelares ou quadrigemelares apresentam risco ainda maior, necessitando de acompanhamento especial. Na gemelaridade existe risco maior de 50% de nascimento prematuro, por isso a importância do acompanhamento frequente. Além disso, existem alterações próprias da gemelaridade com restrição de crescimento de um dos fetos, transfusão de sangue de um feto para outro (transfusão feto-fetal), entre outras que somente serão diagnosticadas com acompanhamento adequado.

Na gemelaridade existe risco maior de 50% de nascimento prematuro, por isso a importância do acompanhamento frequente. A medida do colo uterino é fundamental para rastrear e tratar precocemente as mulheres com maior risco de prematuridade. Além disso, existem alterações próprias das gemelaridade com restrição de crescimento de um dos fetos, transfusão de sangue de um feto para outro (transfusão feto-fetal), entre outras que somente serão diagnosticadas com acompanhamento adequado.

O Estreptococos do grupo B (Streptococcus agalactiae) é uma bactéria comum que pode estar presente na vagina, intestino ou na urina das mulheres. Cerca de 30% das mulheres são portadoras desta bactéria. O exame para detecção desta bactéria deve ser realizado em todas mulheres entre 35 a 37 semanas e naquelas que apresentam risco de nascimento prematuro. Às vezes este exame é chamado de “teste do cotonete”, pois a sua coleta é realizada utilizando-se um swab esterilizado que se parece com um cotonete.

O diabetes gestacional é o diabetes diagnosticado durante a gestação. A medida da glicose em jejum é realizada em todas gestantes no primeiro trimestre da gestação. No segundo trimestre gestacional, aquelas mulheres sem diagnóstico de diabetes devem fazer um teste chamado curva glicêmica. Conforme o resultado deste exame, será definido a presença de diabetes gestacional.

A pré-eclâmpsia(PE) é definida como a presença de aumento da pressão arterial na gestação após a vigésima semana, acompanhada da alteração de exames de urina e/ou de sangue. A PE é considerada uma complicação grave. É fundamental a medida da pressão arterial em toda consulta de pré-natal e a realização de exames complementares em caso de suspeita de PE. Em algumas mulheres, a presença de alguns fatores de risco para o desenvolvimento de PE podem levar à indicação de medidas preventivas para diminuir a ocorrência desta grave complicação gestacional, sendo que algumas já podem ser iniciadas no primeiro trimestre gestacional.

Placenta acreta ou acretismo placentário é a aderência inadequada da placenta na parede uterina. É uma complicação obstétrica grave. A inserção baixa da placenta ou placenta prévia e a realização prévia de cirurgias/procedimentos no útero (cesarianas, retirada de miomas, histeroscopia ) sãos os principais fatores de risco para sua ocorrência. No pré-natal é fundamental a identificação de mulheres em risco para acretismo e a realização de exames específicos para o diagnóstico precoce. O planejamento do tratamento com equipe treinada diminui de forma significativa o risco materno e fetal nesta grave patologia.

Sim. A grande maioria das gestantes pode ter relações sexuais. Em alguns casos específicos, o médico pode solicitar que o casal evite a relação sexual. Entretanto, sexualidade tem um significado mais amplo e, às vezes, simplesmente estar juntos e serem cúmplices deste momento único que é a gestação pode ser muito prazeroso.

O diafragma vaginal é um método contraceptivo sem hormônios. Este dispositivo é um anel flexível envolvido por uma borracha fina que está disponível em diversos tamanhos a serem escolhidos conforme características individuais de cada mulher. Para saber a medida é necessário exame físico ginecológico e uso de anéis medidores.